Redescobrirmo-nos é, porventura, a melhor forma de nos conhecermos e reconhecermos.
Quando nos sentimos rejeitados e, por natureza, somos um pouco negativos, tendencialmente culpamo-nos se algo não corre bem ou se corre mesmo mal. Questionamos tudo o que nunca questionámos dentro de nós, surgem pontos de interrogação nos locais mais desapropriados, em situações, por vezes, constrangedoras. Muitas vezes a culpa chega a ser tal, que esquecemos que outras pessoas contribuíram, igualmente, para essa falência.
Vem a tempestade, a invasão de sentimentos díspares, muitas vezes emoções e entusiasmos que julgámos não conseguir voltar a sentir, questionamos se somos ou não competentes, se somos ou não bons o suficiente para alguém nos apreciar, dar valor, respeitar e chegamos a pôr em causa a nossa maneira de ser, a nossa aparência, a nossa forma de ver e lidar com o que nos rodeia. Por vezes, por momentos, sentimo-nos inferiores ou não merecedores de uma felicidade que se abre gigantesca, mas que não conseguimos ver. Apenas porque alguém não quer a nossa companhia ou simplesmente, não pode tê-la.
(continua)
Mais tarde, muitas vezes muito mais tarde, mas nunca tarde demais, depois de grandes conversas sozinhos ou com amigos fieis, por vezes acompanhadas de algum excesso de álcool, constatamos que não podemos reger o comportamento dos outros seres humanos pelos nossos próprios padrões, por muita semelhança que haja.
Muitas vezes os sinais que nos dão ou damos num determinado instante, transformam-se, naturalmente, noutros, ou porque nos assustamos, perdemos o interesse ou simplesmente, porque o que sentimos em determinados momentos foi apenas isso: emoções de momento. Tantas vezes necessárias para se crescer, para evoluir.
(continua)
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