Turning the page - parte 3

Aceitamos que apesar de todos os pontos comuns e todos os pontos diferentes, é o ponto fundamental que nos afasta, é o ponto fulcral que não permite que as situações evoluam e resignamo-nos. Sim, de facto, resignamo-nos. Uns mais depressa que outros. Mas, é certo, a resignação chega.

É aí que os fantasmas evaporam no ar, é aí que nos apercebemos, sempre com maior força que antes, de todo o valor que temos e que têm os que estão ao nosso redor. É aí que aceitamos, finalmente as coisas. Incompletas ou não. Porque se completam por si só. Porque nos ajudam a fechar um ciclo de vida.
É aí que tudo volta a fazer sentido.

Mudamos, crescemos, evoluímos.

Agradecemos, muitas vezes em silêncio, porque não podemos, sequer, articular uma palavra, porque do outro lado a mensagem não vai passar, não vai sair valorizada, compreendida. Mas agradecemos, por dentro, mesmo assim. E colocamos o passado onde ele deve e tem de estar. E percebemos o quão privilegiados somos, só porque a vida decidiu dar-nos um presente e nós aceitámo-lo de braços abertos. Percebemos, também, que o único ponto comum de todas as nossas histórias somos nós mesmos.
E não há mudança ou evolução sem sofrimento. E quem disso se apercebe, mais facilmente encontra a plenitude, uma espécie de felicidade que apenas pode partir de dentro e nunca de factores exteriores, como um relacionamento ou um trabalho.

É ai que estamos preparados para abrir novamente os braços, que estamos preparados para experimentar, para viver, de novo, os nossos sonhos, desejos, ambições, o amor, nos seus mais variados contornos, nas suas mais variadas esferas. (continua)

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